Existe uma expectativa de ordens impostas às mulheres e às mães, que são sentidas apenas como sobrecarga, angústia e ansiedade.
O mundo diz:
• "Precisa ser uma mãe excelente e presente, e investir pesado em seu desenvolvimento profissional."
• "Os filhos precisam ser prioridade em sua vida para que eles cresçam nutridos de afeto e você precisa se priorizar."
• "Precisamos adiar a gratificação e dedicar nosso precioso tempo apenas àquilo que nos mostra retorno positivo."
Alguém se identifica presa nesses paradoxos???
De acordo com o filósofo contemporâneo Byung Chul-Han, esse paradoxo focado no desempenho do indivíduo é a grande virada de ordem do século XXI, onde cada indivíduo passa a ser visto como uma empresa focada em desempenho e lucro. E o que dá mais lucro do que pessoas frustradas, vazias e adoecidas???
A maternidade passou a ser uma eterna sensação de incompetência, pois falho se só me dedico aos filho, ao trabalho ou aos filhos e ao trabalho. A ideia da mãe que só vive para maternidade hoje é julgada, e a mãe que se dedica muito à sua carreira é uma mãe negligente. Sempre somos culpadas!
E o que fazer com isso?!
Cabe a nós a reflexão de que buscar a perfeição é um ato contra nós mesmas, e aceitar que a falha é natural e importante na formação de um ser.
Invista em seu autoconhecimento e na satisfação por aquilo que você consegue naquele momento.
Menos julgamento e mais acolhimento por nós mesmas.
Texto: Natasha Barrocas
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