Em seu livro “O amor que nos faz bem”, Joan Garriga aborda a questão do amor em relação à ancestralidade. Trata do amor que faz bem e do que não faz bem, nessa relação com o legado de nossos antepassados.
"O amor que nos faz bem é aquele que respeita a ordem, cuja primeira regra é não se imiscuir nos assuntos dos antepassados. O amor que não nos faz bem é um amor cego, que não ajuda a quem o sofreu nem a quem agora o está sofrendo. No amor que não nos faz bem, os descendentes se responsabilizam pelos assuntos dos antecessores à custa do próprio bem-estar.
Por isso, o amor que nos faz bem tem muito a ver com a ordem: os descendentes reconhecem a prioridade dos antecessores e não se intrometem em seus assuntos.
O amor que nos faz bem é aquele que nos permite sintonizar com a realidade como ela é, com os sentimentos dos pais tal como são, com as infelicidades da família tal como ocorreram, e respeitar tudo isso sem necessidade de se envolver, porque geralmente o que flui dos anteriores e de seus olhares é o desejo de que as coisas deem certo para os posteriores, o desejo de que seus filhos e netos sigam adiante na vida, e que sejam felizes e se sintam completos e satisfeitos."
O amor que nos faz bem - pag. 55
Editora: Academia / Planeta
Joan Garriga
Estudou Direito por três anos e depois se formou em Psicologia pela Universidade de Barcelona. Em 1986 criou e dirigiu, com Vicens Olivé e Mireia Darder, o Instituto Gestalt em Barcelona, onde atua como terapeuta, instrutor e supervisor.
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