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Questões identitárias e o atendimento terapêutico


Recentemente têm se debatido o quanto as questões identitárias (gênero, etnia, cultura, religião, entre outros), podem ser um fator de distanciamento ou de aproximação na relação entre terapeutas e pacientes.


A abordagem do momento, por exemplo, é que pacientes negros (pretos ou pardos)* se sentiriam melhor sendo atendidos por terapeutas negros, justamente por compartilharem experiências reais e subjetivas quanto ao racismo, o que tornaria tais terapeutas mais aptos para lidar com essas questões.


Uma sociedade aberta, baseada na alteridade, está estruturada na convivência entre iguais, tanto quanto entre não iguais, sendo fortalecida pelo respeito mútuo nas suas relações. Afinal, seja no seio de que grupo for, as experiências de vida individuais são sempre diferentes.


Como extensão pode-se deduzir que os terapeutas deveriam estar abertos e preparados a lidar com questões que vão muito além de suas crenças e experiências pessoais, sensibilizados com temáticas tais como o racismo, diferenças étnicas, etc.


Portanto, no atendimento terapêutico e na vida em geral, a existência de tais diferenças não deveria constituir uma barreira entre gêneros, etnias, culturas...


Será que estaríamos reforçando o conceito de gueto, quando grupos são apartados da sociedade por relações segmentadas?


Ou é uma demanda legítima que os integrantes de movimentos identitários busquem ser atendidos preferencialmente por seus pares?


Qual é a sua opinião?

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